Memórias Procedimentais
Nascemos com a maioria dos neurônios que teremos no cérebro, mas os padrões de conexão entre essas células se desenvolvem e se alteram ao longo vida. À vivencia e o nosso ambiente faz com que adquirimos novas capacidades, os neurônios formam uma teia, ou rede, que origina complexos conjuntos de circuitos neurais, por assim dizer que estão na base das nossas percepções, lembranças, comportamentos e hábitos.
Lembra-se da primeira vez em que você tentou dirigir um carro especialmente se a mudança de marchas era difícil? Mas foram suficientes alguns mais ou menos uma semana e meia para que a maioria de nós possa dirigir com uma mão, mudar a estação do rádio com a outra e, ao mesmo tempo, conversar com um amigo! Desenvolvemos no cérebro novo circuitos que nos capacitaram a vencer esse difícil desafio. E os nossos circuitos alteram diariamente; quanto mais praticamos e repetimos uma dada ação, mais consolidamos os circuitos necessários a esse comportamento. Ao reforçar este último, podemos fazer com que ele termine por se tornar automático.
Da mesma forma que capacidades físicas, como dirigirem um veículo, caminhar ou praticar um esporte, também as atitudes e comportamentos mentais e emocionais se automatizam por causa da repetição. Quando nos dedicamos repetidas vezes aos mesmos pensamentos e sentimentos, os circuitos mentais que estão na base desses padrões são reforçados. Em essência, nossos padrões mentais e emocionais se "solidificam" - ficam soldados - em nossos circuitos cerebrais. Isso explica por que às vezes nossa cabeça é tão dura e por que é tão difícil alterar percepções, emoções e atitudes.
Nos mecanismos da memória ligados a formação de um trauma se compõe de dois tipos: declarativa e não declarativa. A declarativa (explícita) seria a memória de fatos e eventos, ligados a nossa memória autobiográfica, que é memória narrativa do trauma. A memória não-declarativa (implícita) seriam as memórias formadas a partir do momento de congelamento onde não é permitida a descarga, que seriam as associações emocionais, a memória procedural (de procedimentos), memórias ligadas a habilidades e hábitos e as respostas condicionadas motoras sensoriais.
No estresse traumático existe uma ameaça a vida, levando a um estado de desamparo, que aciona mecanismos de sobrevivência que levam a resposta de congelamento. A resposta normal seria que posterior ao evento traumático houvesse uma "descarga" desta resposta de congelamento que extinguiria a resposta de fuga e a memória processual, extinguindo os estímulos condicionados somáticos. O não completar a limpeza dos resíduos de congelamento do trauma cria as associações condicionadas, que seriam as memórias procedimentais do trauma, como: medo; as experiências motoras sensoriais (gatilhos) do corpo; o estado emocional; e o estado autonômico de excitação. Estas memórias procedimentais associadas às memórias declarativas conduzem ao medo ou a traumatização. E são reforçadas continuamente como nos exemplos citados acima.
Nascemos com a maioria dos neurônios que teremos no cérebro, mas os padrões de conexão entre essas células se desenvolvem e se alteram ao longo vida. À vivencia e o nosso ambiente faz com que adquirimos novas capacidades, os neurônios formam uma teia, ou rede, que origina complexos conjuntos de circuitos neurais, por assim dizer que estão na base das nossas percepções, lembranças, comportamentos e hábitos.
Lembra-se da primeira vez em que você tentou dirigir um carro especialmente se a mudança de marchas era difícil? Mas foram suficientes alguns mais ou menos uma semana e meia para que a maioria de nós possa dirigir com uma mão, mudar a estação do rádio com a outra e, ao mesmo tempo, conversar com um amigo! Desenvolvemos no cérebro novo circuitos que nos capacitaram a vencer esse difícil desafio. E os nossos circuitos alteram diariamente; quanto mais praticamos e repetimos uma dada ação, mais consolidamos os circuitos necessários a esse comportamento. Ao reforçar este último, podemos fazer com que ele termine por se tornar automático.
Da mesma forma que capacidades físicas, como dirigirem um veículo, caminhar ou praticar um esporte, também as atitudes e comportamentos mentais e emocionais se automatizam por causa da repetição. Quando nos dedicamos repetidas vezes aos mesmos pensamentos e sentimentos, os circuitos mentais que estão na base desses padrões são reforçados. Em essência, nossos padrões mentais e emocionais se "solidificam" - ficam soldados - em nossos circuitos cerebrais. Isso explica por que às vezes nossa cabeça é tão dura e por que é tão difícil alterar percepções, emoções e atitudes.
Nos mecanismos da memória ligados a formação de um trauma se compõe de dois tipos: declarativa e não declarativa. A declarativa (explícita) seria a memória de fatos e eventos, ligados a nossa memória autobiográfica, que é memória narrativa do trauma. A memória não-declarativa (implícita) seriam as memórias formadas a partir do momento de congelamento onde não é permitida a descarga, que seriam as associações emocionais, a memória procedural (de procedimentos), memórias ligadas a habilidades e hábitos e as respostas condicionadas motoras sensoriais.
No estresse traumático existe uma ameaça a vida, levando a um estado de desamparo, que aciona mecanismos de sobrevivência que levam a resposta de congelamento. A resposta normal seria que posterior ao evento traumático houvesse uma "descarga" desta resposta de congelamento que extinguiria a resposta de fuga e a memória processual, extinguindo os estímulos condicionados somáticos. O não completar a limpeza dos resíduos de congelamento do trauma cria as associações condicionadas, que seriam as memórias procedimentais do trauma, como: medo; as experiências motoras sensoriais (gatilhos) do corpo; o estado emocional; e o estado autonômico de excitação. Estas memórias procedimentais associadas às memórias declarativas conduzem ao medo ou a traumatização. E são reforçadas continuamente como nos exemplos citados acima.
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