Traumas na Infância e aprendizagem
Gastão Ribeiro
A quantidade de crianças no Brasil expostas a eventos traumáticos é imensurável. Essas experiências incluem crianças que sofrem com violência doméstica, violên¬cia escolar, que sofreram abuso sexual ou físico, que testemunharam ou sofreram cri¬mes violentos ou que foram expostas a outras vio¬lências súbitas ou inesperadas. Pelo menos metade de to¬das as crianças expostas a experiências traumá¬ticas pode desenvolver uma variedade de sinto¬mas psíquico-emocionais na adolescência e já adultos. Dependendo da gravidade, frequência, natureza e padrão do evento ou eventos traumá¬ticos, essas crianças sofrem o risco de desenvolver profundos problemas emocionais, comporta¬mentais, fisiológicos, cognitivos e sociais.
Quando um adulto sofre um evento traumá¬tico, o seu cérebro, maduro e desenvolvido, é capaz de criar um processo de pensamento trau¬mático temporário para lhe ajudar a lidar com o trauma. Quando o trauma é curado, o adulto pode dissolver essa característica e retomar a um es¬tado integrado dentro do seu cérebro maduro. Isso não acontece com crianças. Se a criança sofre um trauma enquanto o cérebro está no seu estágio de desenvolvimento, a característica traumática temporária necessária para sobreviver ao trau¬ma será construída no cérebro como uma carac¬terística permanente. Portanto, se a criança cresce em um ambiente traumático, quanto mais ela é forçada a usar seus padrões de pensamento de trauma, mais esses padrões se tomarão embuti¬dos nos seus processos naturais de pensamento. Crianças traumatizadas começarão a processar todos os eventos graves, com os quais não estão familiarizados como se fossem potencialmente traumas perigosos. As suas reações a eventos nor¬mais serão naturalmente excessivas, causando hiperexcitação ou sintomas e comportamentos dissociativos.
Pais, juntamente com professores de escola, administradores e outras pessoas importantes na vida da criança, geralmente, lidam sozinhos não somente com os comportamentos de mal-adaptação de crianças traumatizadas, mas também desenvolvem trauma vicariante por estar expostos diariamente aos sintomas da criança com TEPT.
Dadas as estatísticas dos traumas infantis, pais, educadores e pessoal de escolas deveriam ser educados quanto aos sintomas e efeitos de trauma, assim como métodos para lidar com o TEPT.
Além disto, a Dissociação pode provocar uma série de problemas nas funções de processamento cognitivo e mental. A Dissociação provoca uma disfunção na atenção concentrada, as pessoas perdem a habilidade em acessar novas informações, negligenciam e ignoram detalhes importantes das informações. Os sintomas parecem com o TDAH, pois afetam a memória de curto prazo e atenção. Adultos vítimas de trauma têm sido recentemente diagnosticados como tendo DDA adulto (Distúrbio de Déficit de Atenção), mas gerados por efeitos da Dissociação.
Fonte-
Gastão Ribeiro Apostila de Psicoterapia do Trauma - Módulo 2 – TFT e EFT – 2006.
Scaer, R. (2001). The Body Bears the Burden: Trauma, Dissociation and Disease, Binghampton: - The Haworth Press, 2001.
Berceli, D. Exercicio para libertação do trauma. Libertas, Recife2010.
Gastão Ribeiro
A quantidade de crianças no Brasil expostas a eventos traumáticos é imensurável. Essas experiências incluem crianças que sofrem com violência doméstica, violên¬cia escolar, que sofreram abuso sexual ou físico, que testemunharam ou sofreram cri¬mes violentos ou que foram expostas a outras vio¬lências súbitas ou inesperadas. Pelo menos metade de to¬das as crianças expostas a experiências traumá¬ticas pode desenvolver uma variedade de sinto¬mas psíquico-emocionais na adolescência e já adultos. Dependendo da gravidade, frequência, natureza e padrão do evento ou eventos traumá¬ticos, essas crianças sofrem o risco de desenvolver profundos problemas emocionais, comporta¬mentais, fisiológicos, cognitivos e sociais.
Quando um adulto sofre um evento traumá¬tico, o seu cérebro, maduro e desenvolvido, é capaz de criar um processo de pensamento trau¬mático temporário para lhe ajudar a lidar com o trauma. Quando o trauma é curado, o adulto pode dissolver essa característica e retomar a um es¬tado integrado dentro do seu cérebro maduro. Isso não acontece com crianças. Se a criança sofre um trauma enquanto o cérebro está no seu estágio de desenvolvimento, a característica traumática temporária necessária para sobreviver ao trau¬ma será construída no cérebro como uma carac¬terística permanente. Portanto, se a criança cresce em um ambiente traumático, quanto mais ela é forçada a usar seus padrões de pensamento de trauma, mais esses padrões se tomarão embuti¬dos nos seus processos naturais de pensamento. Crianças traumatizadas começarão a processar todos os eventos graves, com os quais não estão familiarizados como se fossem potencialmente traumas perigosos. As suas reações a eventos nor¬mais serão naturalmente excessivas, causando hiperexcitação ou sintomas e comportamentos dissociativos.
Pais, juntamente com professores de escola, administradores e outras pessoas importantes na vida da criança, geralmente, lidam sozinhos não somente com os comportamentos de mal-adaptação de crianças traumatizadas, mas também desenvolvem trauma vicariante por estar expostos diariamente aos sintomas da criança com TEPT.
Dadas as estatísticas dos traumas infantis, pais, educadores e pessoal de escolas deveriam ser educados quanto aos sintomas e efeitos de trauma, assim como métodos para lidar com o TEPT.
Além disto, a Dissociação pode provocar uma série de problemas nas funções de processamento cognitivo e mental. A Dissociação provoca uma disfunção na atenção concentrada, as pessoas perdem a habilidade em acessar novas informações, negligenciam e ignoram detalhes importantes das informações. Os sintomas parecem com o TDAH, pois afetam a memória de curto prazo e atenção. Adultos vítimas de trauma têm sido recentemente diagnosticados como tendo DDA adulto (Distúrbio de Déficit de Atenção), mas gerados por efeitos da Dissociação.
Fonte-
Gastão Ribeiro Apostila de Psicoterapia do Trauma - Módulo 2 – TFT e EFT – 2006.
Scaer, R. (2001). The Body Bears the Burden: Trauma, Dissociation and Disease, Binghampton: - The Haworth Press, 2001.
Berceli, D. Exercicio para libertação do trauma. Libertas, Recife2010.
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