A Hipnoterapia Infantil
Gastão Ribeiro
Na experiência prática clínica com crianças, sempre houve alguns impasses que me levaram as modificações do processo de atendimento destas. Este texto visa demonstrar a introdução da Hipnose à psicoterapia de crianças.
Uma criança que é encaminhada a uma psicoterapia esta presa a aquele ponto em que a linguagem termina e o comportamento continua a falar. Ela presentifica o seu próprio sintoma associado ao conflito familiar, conjugal camuflado ou aceito pelos pais. Muitas vezes são porta-vozes da patologia familiar.
Quando falamos de psicoterapia de crianças, estamos lidando com idéias: de desenvolvimento infantil, de psicopatologia, técnicas de atendimento, idéias teóricas diversificadas. Tais idéias e conceitos causam na prática uma série de impasses. Como se tratar um sintoma difuso que, embora presente na criança como paciente identificado, é também sintoma familiar ou do casal. Muitas vezes a teoria da técnica, paradoxalmente aprisiona o psicoterapeuta.
Até alguns anos atrás a psicoterapia infantil eram realizadas com atendimentos da criança associado a uma orientação dos pais. Neste tipo de abordagem o psicoterapeuta assume um papel de onde pode opinar sobre a vida dos outros, tentando desfazer o impossível, isto é, um sintoma que esta gritando e a trama familiar.
Esta abordagem usada até hoje esbarra numa série impasses: a resistência dos pais de associar o sintoma dos filhos as suas dificuldades pessoais (sintoma familiar); a morosidade do tratamento em função do aprisionamento teórico; a utilização de aspectos teóricos antigos que não se atualizaram.
A partir destas constatações comecei a introduzir novas formas de atendimentos, isto é, a introduzir novas ferramentas como Hipnose, Tapping e os novos paradigmas em psicoterapia. Estas aproximações visaram potencializar o trabalho terapêutico com crianças. Com técnicas novas, que utilizam novos conceitos, que integram os novos conhecimentos e estratégias.
Os Sintomas
A criança que chega ao consultório traz uma demanda e um sintoma que necessitam ser atendido. Quase sempre tem uma queixa mesmo que não seja real. Muitas vezes são os familiares, amigos, professores os primeiros a suspeitar que a criança precisa de cuidados.
Entre os elementos a serem observados incluem-se os comportamentos, as condições ambientais e existenciais adversas, os problemas nas relações sociais e na escola, as alterações do sono, da alimentação, a expressão exagerada das emoções, as dificuldades em lidar com questões cotidianas, alterações da atenção e da adaptação, etc.
O Terapeuta de Crianças
Uma das maiores dificuldades que se coloca na psicoterapia de crianças é este lugar de terapeuta. Muitas e muitas vezes na pratica clínica fiquei confuso a este respeito, afinal que lugar era este que nos colocávamos. A sensação que tinha era que às vezes eu apenas brincava nada mais do que isto, mas apesar disto à criança apresentava melhoras grandes.
Ao trabalhar com crianças tem-se a oportunidade de prevenir problemas mais sérios na vida adulta. Embora um verdadeiro programa terapêutico deva incluir os pais, freqüentemente, é possível ajudar bastante à criança trabalhando diretamente com a mesma.
Com o passar dos tempos fui percebendo que estes empréstimos que fazemos de nós mesmos ao brincar com a criança é fundamental ao setting e aos procedimentos terapêuticos.
O processo terapêutico de crianças é baseado no brincar. O uso do brinquedo possibilita algo agradável à criança, além de permitir a exploração dos aspectos patológicos e a evolução da saúde emocional. A psicoterapia infantil faz uso do lúdico, ou seja, se utiliza o brincar infantil como veículo para a relação terapêutica, fazendo parte do ambiente terapêutico os brinquedos e jogos.
Uma das premissas básicas do trabalho com crianças é a utilização do Apadrinhamento, isto e, o conhecimento e sensibilidade do terapeuta em apadrinhar de forma adequada seu cliente. Portanto é importante que o terapeuta esteja disponível para brincar, pesquise, utilize técnicas adequadas de entrevista, mas que também seja amoroso, atencioso, que apadrinhe de forma efetiva proporcionando um espaço de vida, de benção e de reconhecimento.
As habilidades naturais de Apadrinhamento permitem que normalmente ocorram os processos naturais de mudanças. Para isto é necessário o treino de algumas habilidades a serem executadas pelo terapeuta: escutar com profundidade, nomear adequadamente, proporcionar espaços, ser suficientemente bom, desafiar, proteger, encorajar e abençoar.
Gastão Ribeiro
Na experiência prática clínica com crianças, sempre houve alguns impasses que me levaram as modificações do processo de atendimento destas. Este texto visa demonstrar a introdução da Hipnose à psicoterapia de crianças.
Uma criança que é encaminhada a uma psicoterapia esta presa a aquele ponto em que a linguagem termina e o comportamento continua a falar. Ela presentifica o seu próprio sintoma associado ao conflito familiar, conjugal camuflado ou aceito pelos pais. Muitas vezes são porta-vozes da patologia familiar.
Quando falamos de psicoterapia de crianças, estamos lidando com idéias: de desenvolvimento infantil, de psicopatologia, técnicas de atendimento, idéias teóricas diversificadas. Tais idéias e conceitos causam na prática uma série de impasses. Como se tratar um sintoma difuso que, embora presente na criança como paciente identificado, é também sintoma familiar ou do casal. Muitas vezes a teoria da técnica, paradoxalmente aprisiona o psicoterapeuta.
Até alguns anos atrás a psicoterapia infantil eram realizadas com atendimentos da criança associado a uma orientação dos pais. Neste tipo de abordagem o psicoterapeuta assume um papel de onde pode opinar sobre a vida dos outros, tentando desfazer o impossível, isto é, um sintoma que esta gritando e a trama familiar.
Esta abordagem usada até hoje esbarra numa série impasses: a resistência dos pais de associar o sintoma dos filhos as suas dificuldades pessoais (sintoma familiar); a morosidade do tratamento em função do aprisionamento teórico; a utilização de aspectos teóricos antigos que não se atualizaram.
A partir destas constatações comecei a introduzir novas formas de atendimentos, isto é, a introduzir novas ferramentas como Hipnose, Tapping e os novos paradigmas em psicoterapia. Estas aproximações visaram potencializar o trabalho terapêutico com crianças. Com técnicas novas, que utilizam novos conceitos, que integram os novos conhecimentos e estratégias.
Os Sintomas
A criança que chega ao consultório traz uma demanda e um sintoma que necessitam ser atendido. Quase sempre tem uma queixa mesmo que não seja real. Muitas vezes são os familiares, amigos, professores os primeiros a suspeitar que a criança precisa de cuidados.
Entre os elementos a serem observados incluem-se os comportamentos, as condições ambientais e existenciais adversas, os problemas nas relações sociais e na escola, as alterações do sono, da alimentação, a expressão exagerada das emoções, as dificuldades em lidar com questões cotidianas, alterações da atenção e da adaptação, etc.
O Terapeuta de Crianças
Uma das maiores dificuldades que se coloca na psicoterapia de crianças é este lugar de terapeuta. Muitas e muitas vezes na pratica clínica fiquei confuso a este respeito, afinal que lugar era este que nos colocávamos. A sensação que tinha era que às vezes eu apenas brincava nada mais do que isto, mas apesar disto à criança apresentava melhoras grandes.
Ao trabalhar com crianças tem-se a oportunidade de prevenir problemas mais sérios na vida adulta. Embora um verdadeiro programa terapêutico deva incluir os pais, freqüentemente, é possível ajudar bastante à criança trabalhando diretamente com a mesma.
Com o passar dos tempos fui percebendo que estes empréstimos que fazemos de nós mesmos ao brincar com a criança é fundamental ao setting e aos procedimentos terapêuticos.
O processo terapêutico de crianças é baseado no brincar. O uso do brinquedo possibilita algo agradável à criança, além de permitir a exploração dos aspectos patológicos e a evolução da saúde emocional. A psicoterapia infantil faz uso do lúdico, ou seja, se utiliza o brincar infantil como veículo para a relação terapêutica, fazendo parte do ambiente terapêutico os brinquedos e jogos.
Uma das premissas básicas do trabalho com crianças é a utilização do Apadrinhamento, isto e, o conhecimento e sensibilidade do terapeuta em apadrinhar de forma adequada seu cliente. Portanto é importante que o terapeuta esteja disponível para brincar, pesquise, utilize técnicas adequadas de entrevista, mas que também seja amoroso, atencioso, que apadrinhe de forma efetiva proporcionando um espaço de vida, de benção e de reconhecimento.
As habilidades naturais de Apadrinhamento permitem que normalmente ocorram os processos naturais de mudanças. Para isto é necessário o treino de algumas habilidades a serem executadas pelo terapeuta: escutar com profundidade, nomear adequadamente, proporcionar espaços, ser suficientemente bom, desafiar, proteger, encorajar e abençoar.
Comentários
Parabéns,
É uma honra te conhecer e mais ainda saber que temos algo em comum, estes sentimentos!